Alunos receberam formação para mediar conflitos e prevenir bullying
créditos: AFP/ MARTIN BUREAU
Em comunicado enviado à Lusa, a 
escola explica que o grupo de jovens mediadores é formado por 20 alunos 
dos 8.º e 9.º anos de escolaridade, que receberam formação para o 
exercício daquela função e que estão no terreno desde janeiro.
 
Desde
 então, refere o comunicado, os conflitos nos recreios diminuíram, assim
 como as participações disciplinares associadas a ocorrências 
relacionadas com a convivência dos alunos. “Hoje, a ação dos jovens 
mediadores é bem aceite pelos seus pares e estes já são uma referência 
na escola”, acrescenta.
Os mediadores atuam ao nível da gestão de conflitos provocados 
por zangas, ameaças físicas ou verbais, insultos, tentativas de 
vandalismo e de incumprimento do Código de Conduta da escola.
 
A 
sua ação estende-se também à prevenção do ‘bullying’, do ‘cyberbullying’
 e de outras formas de pressão continuada e persistente sobre algum 
aluno.
 
Trata-se
 do Programa de Gestão e Mediação de Conflitos nos Recreios, criado 
naquela escola com o objetivo de minorar os níveis de conflitualidade e 
de indisciplina nos recreios.
 
O programa assenta num misto de vigilância e de mediação, inicialmente orientada para os maiores intervalos da manhã e da tarde.
 
Em cada um dos intervalos, atua uma brigada que é composta por dois alunos, jovens mediadores.
 
A mediação tem subjacentes os princípios da confidencialidade, da imparcialidade e do voluntariado.
 
Os
 20 alunos abdicam de um dos seus intervalos semanais para integrar o 
programa e cumprir a sua missão de vigiar e de gerir os conflitos entre 
os seus pares.
 
Integram uma equipa de que também fazem parte duas professoras com formação em Mediação de Conflitos no contexto escolar.
 
Este programa contempla, também, a dinamização do Gabinete de Mediação, que funciona no Gabinete do Aluno.
 
O
 programa foi há dias apresentado aos pais e encarregados de educação, 
numa sessão em que a diretora da escola defendeu o alargamento da 
intervenção dos mediadores a outros intervalos e às refeições.
 
Citada
 no comunicado, a diretora sublinhou que “a intervenção entre pares 
permite uma abordagem sem o cariz punitivo associado à intervenção por 
parte do adulto, sendo entendida como uma chamada de atenção para as 
consequências de alguns comportamentos menos adequados”.
 
O 
Programa de Gestão e Mediação de Conflitos da EB2,3 Professor Gonçalo 
Sampaio integra um plano mais alargado de combate à indisciplina e de 
erradicação da violência em meio escolar.
 
Deste plano, fazem 
também parte o Código de Conduta (nas salas de aula, nos recreios e nos 
espaços comuns da escola), o Compromisso Tripartido e várias ações de 
sensibilização em contexto de sala de aula para prevenção do ‘bullying’ e
 do ‘cyberbullying’, dinamizadas pela GNR.
 
 
 
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